"o resto é mar. é tudo o que eu não sei contar..."

21 dezembro 2010

A arte da prudência

LXXXIX
Compreensão de si:
no gênio, no engenho, em ditames e afetos. Não pode ser senhor de si quem antes não se compreende. Há espelhos do rosto, não os há da alma; seja-o a discreta reflexão sobre si; e, quando alguém se esqueça da imagem exterior, conserve a interior para emendá-la, para melhorá-la. Conheça cada um a força de sua prudência e sutileza para o empreender; pondere cada um seu afã para empenhar-se; meça cada um seu fundo e pese seu cabedal para tudo.

Baltasar Gracián(1601-1658), jesuíta espanhol.

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