Pesadelo de criança
Na minha infância acontecia-me não pregar olho durante várias noites, tinha a sensação de que o tempo se concentrava todo em mim, como se o presente se perpetuasse e permanecesse eterno. Ficava ali, deitado, pressagiando a desgraça que me esperava. Agora adulto, continuo a não pregar olho e durante várias noites repito as sensações da minha infância, apesar de saber que: «uma infelicidade pressagiada é dez, cem vezes mais dura de suportar do que uma infelicidade que não esperávamos». *
Jaime Bulhosa
* E. M. Cioran
http://livrariapodoslivros.blogspot.com/
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