
(...) É o que acontece sempre a essas boas almas românticas. Vestem as pessoas com penas de pavão real, até o último instante contam com o bem e não com o mal, ainda que imaginem o reverso da medalha, por nada deste mundo dizem de antemão a palavra justa; só o terem de pensar nisso lhes custa; diante da verdade tapam os olhos com as mãos, até que o homem que imaginaram aparece e é ele próprio quem lhes abre os olhos.(...)
Dostoiévski. Crime e Castigo
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