A bíblia apresenta um histórico de preferências de deus em relação aos irmãos mais novos, em detrimento dos mais velhos: Caim e Abel, Esaú e Jacó, Lia e Raquel... e por aí vai.
É que o irmão mais novo já veio lapidado e os erros cometidos com o primogênito não serão repetidos com o caçula, que tem para si os maiores cuidados, às vezes tem a sorte de conviver com os pais no seu melhor período mental, enfim... mas isso também não diz muita coisa.
O que eu quero dizer com isso tudo é o seguinte: minha irmã mais nova escreve bem pra caramba! Eu sou aspirante a escritora e não consigo chegar nem perto de uma crônica que ela escreve. Ela, que nem liga e nem se importa (ou finge???) com esse lance de escrever e entender... Seria a famosa falsa modéstia?? Começo a acreditar que sim.
Seu eu acreditasse em tudo o que gênesis afirma, eu diria que ela está entre os preferidos de deus. E até mataria minha irmã!! Mas como eu não quero ser presa e uma tragédia dessas me privaria de bons textos, fica tudo como está. Não me importo mais se um dia quis escrever bem. Ela já faz isso. E a mim, isso me basta.
http://raizaluiza.wordpress.com
"o resto é mar. é tudo o que eu não sei contar..."
22 agosto 2010
18 agosto 2010
Nós
(...)
A impressão doutros tempos, sempre viva,
Dá estremeções no meu passado morto,
E inda viajo, muita vez, absorto,
Pelas várzeas da minha retentiva.
Então recordo a paz familiar,
Todo um painel pacífico d'enganos!
E a distância fatal duns poucos anos
É uma lente convexa, d'aumentar.
(...)
Trecho do poema Nós do poeta português Cesário Verde.
Sempre gostei desse trecho, desde a primeira vez que li o poema. O passado é assim mesmo: de bom só a lembrança e esta, por mais nítida que seja, é sempre um painel pacífico de enganos esboçado pelo passar dos anos, pelo cansaço da nossa vista que insiste em aumentar coisas pequenas e criar a felicidade onde houve nada.
A impressão doutros tempos, sempre viva,
Dá estremeções no meu passado morto,
E inda viajo, muita vez, absorto,
Pelas várzeas da minha retentiva.
Então recordo a paz familiar,
Todo um painel pacífico d'enganos!
E a distância fatal duns poucos anos
É uma lente convexa, d'aumentar.
(...)
Trecho do poema Nós do poeta português Cesário Verde.
Sempre gostei desse trecho, desde a primeira vez que li o poema. O passado é assim mesmo: de bom só a lembrança e esta, por mais nítida que seja, é sempre um painel pacífico de enganos esboçado pelo passar dos anos, pelo cansaço da nossa vista que insiste em aumentar coisas pequenas e criar a felicidade onde houve nada.
04 agosto 2010
02 agosto 2010
corazón partío
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