"o resto é mar. é tudo o que eu não sei contar..."

23 fevereiro 2011

Extraño



O que eu sinto a respeito dos homens é estranho
É estranho como é frio
É estranho como eu perdi a fé
Éestranho como é estranho
Perguntar o nome

O que eu sinto a respeito de nós é estranho
É estranho como é triste
É estranho como olhar pra trás
É estranho como é estranho
Esquecer um nome

Eu amei e acho que algumas vezes
Ela também me amou
Só que o prazer é tão curto
Eu amei e acho que algumas vezes
Ela também me amou
Só que esquecimento é tão longo

O que penso a respeito de tudo é tão estranho
É estranho como é simples
É estranho como essa canção
É estranho como é estranho
Sussurrar um nome

Nenhum de Nós (1990)

A versão original de Extraño é um primor! Mas essa também tem seu encanto, principalmente pela repetição de "eu amei..." Principalmente? Sim. Eu explico o motivo da preferência: Numa das aulas de Teoria das Comunicações II do curso de Letras-UFPI(isso foi no início da década passada, quando a profa. Anecy ainda aterrorisava por lá...), no meio de um seminário, uma colega leu um poema de Pablo Neruda e (qual não foi minha surpresa!!??) lá estavam os versinhos mais lindos e verdadeiros sobre o amor: "Eu a amei e por vezes ela também me amou.(...)Ela amou-me, por vezes eu também a amava.(...) Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento." Já publiquei todo o poema recentemente, mas ainda não consegui descobrir em que livro ele está. Quem souber, por favor, deixe aqui essa referência e me fará muito feliz!

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