"o resto é mar. é tudo o que eu não sei contar..."

10 abril 2010

10a manhã de abril: abriu pra mim

a madrugada me acordou prenhe de desejos. o ventre submerso em sangue me falava de vida. decidi acordar, levantar, caminhar e despejar poesia nas calçadas por aí.
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acordei de um jeito diferente. um jeito forte de existir. sem maiores pretenções: decidi deixar as flores nos seus galhos e os pássaros ao sabor do vento.
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nada mais natural: voltar à natureza. vejo, sinto, penso coisas que vão e vêm, são e têm algo mais pra mim sem precisarem se apartar do seu mundo.
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é possível viver sem sangrar. sangra-se um dedo e evita-se que sangrem a alma. mas vida também é sangue: derramado, coagulado, retido... ou não.
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sou: nada mais que isso, agora, assim.
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abril abriu pra mim o perfume azulado das doces descobertas: bom dia!

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